6 Dicas para Alavancar os resultados econômicos e financeiros de sua empresa.
- Sergio Simonetti
- 14 de out. de 2024
- 3 min de leitura
Não há escolha de Sofia neste dilema: a geração de EBITDA e de lucro deve caminhar de mãos dadas com a boa liquidez de caixa e o grau de endividamento. Um gestor com visão holística pode ser a salvação para que os resultados de sua empresa sejam robustos, garantindo que ela possa gerar valor econômico ao negócio, sem arranhar sua boa saúde financeira.

Algumas abordagens para sobreviver a este momento:
Um avião não voa só com as turbinas...
Metas e bônus integrados: Privilegie o planejamento integrado em sua empresa. O avião vai precisar das asas e de outras partes para decolar. Portanto, desenvolva um orçamento que alinhe e premie a conquista das metas financeiras e econômicas de forma integrada e conjunta.
É como tomar banho...
Jogando a carga no mar: Controlar gastos em uma empresa deve ser uma rotina; não se discute nem se questiona, simplesmente repetimos todos os dias. É uma cultura que pode ser implantada em sua empresa.
Hora do “MMA” com fornecedores: Adequar os pagamentos de seus fornecedores ao seu fluxo de caixa também é uma prática básica e rotineira da gestão financeira. Nem sempre é fácil, mas lembre-se de que qualquer desencaixe no fluxo significa necessidade de capital adicional e, portanto, mais custos financeiros.
Esticando o caixa
Devo, não nego: Mas preciso alongar o perfil da dívida com taxas de juros competitivas. O mercado de capitais pode ser uma excelente fonte de oxigênio para seu negócio, oferecendo operações com carências e prazos de pagamento que chegam até 120 meses, como a emissão de papéis, como debêntures, CRA, CRI, dentre outros.
Trocando as noivas: Considere a possibilidade de consolidar suas dívidas em poucas operações com condições mais favoráveis. É a famosa troca das noivas ou das dívidas, se preferir. Aquela operação que era bonitinha há tempos atrás e que me agarrei fortemente agora já não me empolga mais, ficou muito cara e de curto prazo, e é chegada a hora de buscar uma operação com melhores condições. Sempre negocie bem as condições de liquidação antecipada de suas operações antes de assinar com os bancos; isso deixa uma porta de saída confortável do contrato atual para uma futura operação mais atraente.
Diversidade é a moda
Crescimento rentável: Se sua operação já não gera mais aquele brilho, chegou a hora de repensar seu modelo de negócio e talvez agregar uma nova diversidade de produtos ou serviços para trazer EBITDA. Pense em verticalizar ou horizontalizar seus negócios. Você pode incrementar a geração de caixa, por exemplo, trocando a venda de grãos de soja "in natura" pela venda de óleo de soja e, depois, até de margarinas. Ou também pode fazer isso expandindo seu domínio na cadeia de negócios, deixando de vender somente grãos de soja "in natura" para vender máquinas agrícolas, serviços de drones, seguros, combustível e até dinheiro para seus clientes, por que não?
O sangue que corre em suas veias
Estoque, o grande vilão: Um bom consultor vai direto ao ponto: os estoques do cliente. Ele é um grande "vampiro" de caixa, que suga seu dinheiro sem dó e custa muito caro mantê-lo ali parado.
Problemas de circulação: Financiar seus clientes é caro; repasse essa carteira para quem faz isso melhor. O financiamento de terceiros, junto à inadimplência, pode explodir seu caixa. Se quiser uma alternativa que tenha controle, estruture seu próprio fundo FIDC, atraindo também capital de investidores externos. Essa prática já é comum em empresas de varejo como Casa Bahia, Magazine Luiza e Postos Ipiranga, e tem se expandido para outros segmentos. Isso ativa a circulação do caixa, com as antecipações de recebíveis a baixo custo, eliminando os riscos de inadimplência do seu balanço.
Seduzindo o mercado
Seja criativo: Busque outras formas de financiar sua operação ou sua expansão, atraindo novos investidores ou sócios que possam injetar capital em seu negócio. Explore também a estruturação de fundos proprietários exclusivos para sua empresa, como fundos de participações (FIP), fundos de investimentos no agronegócio (FIAGRO) ou fundos de investimentos imobiliários (FII). Essas inovações atraem capital externo a custos competitivos e de longo prazo, podendo financiar a aquisição de empresas e investimentos em infraestrutura operacional e logística, sem retirar dinheiro do seu caixa.




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